quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Uma (última) noite rotineira.

                 A claridade que começava a invadir o quarto de Charlie avisava-o que estava começando mais um dia. Ele virou para o lado na tentativa de se esquivar daquela luz que tentava prová-lo que há um belo e promissor dia lá fora esperando por ele. Depois de perceber que não havia maneira de escapar daquele convite à um novo dia, sentou-se à cama de olhos ainda fechados. Estava tentando se lembrar do sonho que tivera esta noite, mas não obteve sucesso; a única coisa da qual sabia é de que fora um sonho bom e magnífico, pois se lembrou de ter acordado no meio da noite com as mãos suando, sentindo-se eufórico e com certa adrenalina.
                Charlie se levantou, olhou pela janela na esperança de ver nem que fosse uma única nuvem de chuva, por mais longe que estivesse – ele gosta

Luzes da madrugada.

              Percebo neste momento que a última luz do prédio em frente ao meu se apaga. 
         Mais uma vez estou aqui, na varanda do meu apartamento, observando a chegada da madrugada e o silêncio que a acompanha. Nesta hora, o desejo que sempre me vem em mente é o de pegar um bom livro da minha velha prateleira, descer as escadas com uma xícara de café, atravessar a rua e me sentar em um banco da praça sob a luz amarela de um poste e, acompanhado do calor e uma brisa agradável, típicos da primavera – Já é dezembro, há uma casa com decoração natalina aqui e outra ali, e uma melancolia que predomina por todo o ambiente. – abrir o livro na página marcada e me esquecer desta insônia, me esquecer